Aliança PT-PDT Define Caminhos para 2026 no Paraná
As eleições de 2026 já começam a ganhar contornos no Paraná, com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) formando uma aliança estratégica. Esse entendimento, que promete impactar substancialmente a disputa pelo governo do estado e pelo Senado, foi oficializado recentemente pelo diretório estadual do PT.
O apoio do PT foi direcionado ao deputado estadual Requião Filho, que será o candidato ao governo estadual, enquanto o partido indicará o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, como pré-candidato ao Senado. Esta movimentação política surge em um cenário onde as legendas buscam não apenas fortalecer suas posições localmente, mas também contribuir para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A construção dessa aliança não veio por acaso. Após meses de diálogos e articulações, as duas legendas finalmente se unem em um momento crucial para o campo progressista no estado. O PT, em sua análise, acredita que essa parceria é fundamental para lançar uma candidatura que tenha chances reais de sucesso, representando uma alternativa ao atual governo de Ratinho Junior, do PSD.
Os primeiros passos dessa união foram dados durante um encontro estadual do PT, realizado em setembro. Na ocasião, o partido reconheceu a urgência de ampliar suas colaborações com outras siglas de esquerda. Desde então, reuniões foram organizadas em locais como Foz do Iguaçu e Brasília, reunindo figuras importantes das duas legendas, incluindo os presidentes nacionais Edinho Silva e Carlos Lupi.
Esta aliança também reflete uma movimentação mais ampla dentro do cenário político paranaense, onde o PT enfatiza a trajetória de Requião Filho como um crítico contundente do governo de Jair Bolsonaro e, recentementete, do pré-candidato ao governo do estado, Sergio Moro. A candidatura de Moro, ligado à operação Lava Jato que teve Lula como um de seus principais alvos, serviu para estreitar ainda mais a linha de ataque do PT, que pretende apresentar uma proposta alternativa ao atual modelo de gestão em vigor.
O fortalecimento da candidatura de Enio Verri ao Senado é outra prioridade para a aliança. Verri já demonstrou publicamente sua intenção de concorrer e conta com o apoio direto de Lula. Além dele, o deputado federal Zeca Dirceu também foi mencionado como uma possível opção para uma segunda vaga no Senado, em uma eleição que vai escolher dois representantes por estado.
Arilson Chiorato, presidente estadual do PT-PR, acredita que essa aliança com o PDT é uma oportunidade chave para elevar uma candidatura progressista ao segundo turno e, assim, fortalecer a representação da esquerda no Paraná. "Nosso desafio é expandir essa frente e estabelecer um diálogo efetivo com a sociedade paranaense", comentou Chiorato.
Com essa nova configuração, a união PT-PDT promete não apenas alterar o mapa eleitoral do Paraná, mas também contribuir para moldar um novo cenário político em nível nacional, refletindo os anseios de uma parte significativa da população que busca alternativas ao atual status quo.

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