Haddad afirma que governo deve alcançar a menor inflação da história.

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Haddad afirma que governo deve alcançar a menor inflação da história.

Brasil Pode Registrar a Menor Inflação da História, Afirma Ministro da Fazenda durante Encontro Econômico

Em uma declaração otimista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira, 4 de outubro, em Brasília, que o Brasil pode alcançar, ao final do mandato atual do governo, a menor inflação já registrada em sua história. A afirmação foi feita durante a 6ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão, um espaço de diálogo entre o governo e a sociedade civil, destinado a discutir políticas de desenvolvimento e inclusão social no país.

Quadro da Inflação no Brasil

De acordo com dados recentes, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou uma taxa de 4,5% nos 12 meses encerrados em novembro. Em suas declarações, Haddad enfatizou que essa taxa é significativamente mais baixa do que a observada em períodos anteriores da história brasileira. "A inflação, que é uma preocupação legítima de todo cidadão, em quatro anos, será a menor de toda a história. Será menor do que a do Império; da República; da República Velha; do Estado Novo; do Plano Real. Será a menor de todas", afirmou o ministro. Essa afirmação é especialmente importante em um contexto em que a inflação tem sido um dos principais desafios enfrentados pelos governantes em todos os níveis.

Haddad destacou que a gestão atual tem sido capaz de promover uma combinação bem-sucedida entre a redução da inflação e a diminuição da taxa de desemprego. O Brasil alcançou, no último trimestre, uma taxa de desemprego de 5,4%, um número que representa o menor índice desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012. Essa combinação, segundo o ministro, é um indicativo de um menor desconforto social. "Quando você consegue conciliar a queda da inflação com a queda do desemprego, você está reduzindo o desconforto de uma sociedade. Estamos conseguindo conciliar isso", analisou Haddad.

Efeitos das Políticas Agrícolas

Um dos pontos destacados por Haddad foi o impacto positivo do Plano Safra e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na redução dos índices inflacionários, especialmente no que diz respeito aos preços dos alimentos. "Não é apenas a inflação média de todos os produtos que está baixa. Teremos a menor inflação de alimentos, que tanto prejudica o trabalhador de baixa renda. Será a menor da série histórica", observou o ministro. Essa afirmação é relevante, considerando o peso que as despesas com alimentação têm no orçamento das famílias brasileiras, principalmente aquelas que vivem em situações de vulnerabilidade.

O ministro também lamentou a falta de reconhecimento público sobre os avanços econômicos obtidos até o momento pelo governo. Um exemplo que ele citou foi o investimento recorde em infraestrutura, que atingiu a impressionante cifra de R$ 261 bilhões em 2024. "Estamos vivendo o melhor momento da história, em termos de investimento em infraestrutura", afirmou. Ele ressaltou a desproporcionalidade entre os resultados e a cobertura da mídia, mencionando que investidores estrangeiros frequentemente demonstram surpresa ao serem informados sobre esses progressos.

Câmbio e Expectativas Futuras

No que diz respeito à taxa de câmbio, o ministro abordou a desconfiança que alguns analistas exibiram em relação à valorização do real, comentando que o dólar, que chegou a ser projetado a R$ 8, agora está cotado a R$ 5,30. "Fico às vezes perplexo ao ver previsões que reiteradamente não se confirmam. Quando uma previsão não se confirma, é normal, pois prever na economia é difícil. Mas é curioso que a mesma pessoa continue sendo consultada após errar tantas previsões", ressaltou Haddad.

Desafios das Metas Fiscais

O ministro também tocou no tema das metas fiscais, um ponto que frequentemente gera críticas e cobranças sobre o governo. Haddad afirmou que o déficit fiscal do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser 70% menor do que o registrado na administração anterior e 60% menor do que o do governo que o precedeu. "Estamos dando total transparência para as contas públicas. Voltamos a respeitar os padrões internacionais, e por isso hoje somos o segundo destino de investimento estrangeiro no mundo", argumentou o ministro.

Perspectivas de Inclusão Social

A reunião também contou com a presença da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que enfatizou a importância do crescimento econômico sustentável como um motor para a melhoria das condições de vida da população. "Este conselho faz parte desse processo, contribuindo com ideias e propostas que visam gerar desenvolvimento social", disse Gleisi. Ela mencionou estratégias, como a proposta de compras públicas sustentáveis, que servirá como base para um decreto presidencial com o objetivo de estimular a indústria nacional, impulsionando a inclusão social.

Gleisi também destacou a proposta de registro eletrônico de duplicatas, uma medida que poderá eliminar ineficiências e reduzir os riscos de fraude, resultando em um diminuição do custo do crédito no país. Esse tipo de inovação tem o potencial de beneficiar tanto pequenas quanto grandes empresas, democratizando o acesso a crédito.

Isenção do Imposto de Renda

Em um tom entusiasta, Gleisi abordou os impactos positivos da isenção do imposto de renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil, dizendo que essa medida representa um rompimento com uma tradição de privilégios e injustiças históricas. "Estamos dando um primeiro passo no caminho da justiça tributária, sinalizando que podemos avançar muito mais, como acabar com a escala de trabalho 6 por 1, permitindo melhorar a qualidade de vida da imensa maioria dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso país", acrescentou.

Indústria e Desenvolvimento

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também se fez presente na plenária e destacou as políticas voltadas para diversos setores da economia, citando especificamente a indústria automobilística como um exemplo positivo. "Diversas montadoras estão retomando ou ampliando sua produção", afirmou Alckmin, o que pode sinalizar uma recuperação mais robusta do setor industrial no próximo período.

Reflexões Finais

As declarações de Haddad e Hoffmann no Conselhão mostram uma perspectiva otimista sobre a economia brasileira, enfatizando a importância de políticas integradas que promovem tanto a estabilidade econômica quanto a inclusão social. O governo se propõe a continuar investindo em infraestrutura e desenvolvimento social, buscando reverter o quadro de desigualdade que há muito aflige o país. Se os objetivos e metas mencionados forem cumpridos, o Brasil poderá não apenas registrar a menor inflação da sua história, mas também avanças significativos em áreas fundamentais como emprego, renda e vida digna para sua população.

À medida que o governo continue a implementar suas políticas, será essencial que a sociedade acompanhe esses desenvolvimentos e interaja ativamente na busca por um Brasil mais próspero e igualitário.

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