Atenção: este artigo contém spoilers completos de Bastardos Inglórios.
Bastardos Inglórios (2009) é um dos filmes mais aclamados de Quentin Tarantino, misturando guerra, drama, ação e sátira histórica com diálogos memoráveis e reviravoltas impactantes. A trama se passa durante a Segunda Guerra Mundial e cria uma versão alternativa e sangrenta do conflito, onde a vingança pessoal e o espetáculo cinematográfico se unem em uma narrativa explosiva.
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Resumo completo com spoilers de Bastardos Inglórios
O filme é dividido em capítulos e apresenta duas tramas principais:
- O grupo dos Bastardos, liderado pelo Tenente Aldo Raine (Brad Pitt), um esquadrão de soldados judeus americanos que caça e mata nazistas brutalmente na França ocupada.
- A história de Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent), uma jovem judia que sobrevive a um massacre nazista liderado pelo coronel Hans Landa (Christoph Waltz) e assume uma nova identidade como dona de um cinema em Paris.
Ambas as narrativas convergem quando Shosanna descobre que seu cinema será palco da estreia de um filme de propaganda nazista, com a presença de Adolf Hitler e altos oficiais. Ela decide incendiar o cinema e matar os nazistas durante a sessão.
Final explicado: o que acontece no fim de Bastardos Inglórios?
O clímax do filme ocorre durante a estreia do filme “O Orgulho da Nação”, produzido por Joseph Goebbels. Shosanna planeja incendiar o cinema, enquanto dois dos Bastardos infiltrados também pretendem explodir o local com explosivos presos às pernas.
Enquanto a trama se desenrola, o coronel Hans Landa descobre os planos dos Bastardos, mas surpreendentemente decide trair o Terceiro Reich. Ele negocia sua rendição com o alto comando americano, exigindo imunidade e uma nova vida nos EUA em troca de permitir que o atentado ocorra.
O plano funciona. Durante a exibição do filme, Shosanna projeta um rolo especial com sua gravação revelando sua identidade e seu plano de vingança. Em seguida, os Bastardos detonam os explosivos, matando Hitler, Goebbels e todo o alto escalão nazista.
O filme termina com Aldo Raine capturando Landa, mas desafiando o acordo de rendição. Ele marca a suástica nazista na testa de Landa com uma faca, dizendo que aquela seria sua “marca permanente”.
O significado do final de Bastardos Inglórios
Tarantino reescreve a história real com uma vingança cinematográfica contra o nazismo. O final é simbólico por diversos motivos:
- O cinema como arma – Literalmente e metaforicamente, o cinema destrói o nazismo.
- Subversão da história – Ao matar Hitler em 1944, Tarantino cria uma realidade alternativa onde o fascismo é destruído não por batalhas, mas por justiça pessoal e cultural.
- Hans Landa como representação da hipocrisia nazista – Um vilão carismático, manipulador e oportunista, que busca salvar sua própria pele ao fim da guerra.
Elenco de Bastardos Inglórios
- Brad Pitt como Tenente Aldo Raine
- Christoph Waltz como Coronel Hans Landa
- Mélanie Laurent como Shosanna Dreyfus
- Diane Kruger como Bridget von Hammersmark
- Eli Roth como Donny “O Urso Judeu”
- Michael Fassbender como Tenente Archie Hicox
- Daniel Brühl como Fredrick Zoller
Curiosidades sobre Bastardos Inglórios
- Christoph Waltz ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo papel de Hans Landa.
- O nome do filme propositalmente tem a grafia errada (“Inglourious Basterds”) – Tarantino nunca explicou totalmente o motivo.
- A cena de abertura é considerada uma das melhores da história do cinema.
- O filme mistura várias línguas: inglês, francês, alemão e italiano.
- O personagem Aldo Raine é inspirado em soldados reais e também no ator Aldo Ray.
Teorias e simbolismos
- O cinema queimando simboliza o fim da propaganda nazista, destruída pela arte.
- Hans Landa representa o oportunismo político, que se adapta ao lado vencedor.
- O gesto de Aldo ao marcar a testa de Landa representa a impossibilidade de apagar o passado.
Conclusão
Bastardos Inglórios é um dos filmes mais ousados e autorais de Tarantino. Ao misturar humor ácido, violência estilizada e uma reimaginação histórica, o longa oferece um final catártico e simbólico. Mais do que um filme de guerra, é um comentário sobre o poder da arte, da vingança e da memória coletiva.
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